Finais sempre reservam um grande espetáculo, feliz ou triste, mas sempre espetáculo.
O final de cada dia é o espetáculo do pôr-do-sol.
O final de cada noite é o espetáculo do amanhecer.
Se chove, assistimos ao espetáculo da dança das núvens e raios sob o sons aterrorizantes dos trovões.
Quando volta a calmaria, sentimos a vida que revive da terra molhada em seu frescor mais doce e inebriante.
Mas o bom mesmo são as coisas que acontecem entre um fim e outro.
O sol escaldante do verão que faz suar a pele quando a gente está pelas ruas com os amigos e amigas por causa de algum trabalho ou por causa nenhuma.
O sereno e a brisa da noite que molha os cabelos nas horas ao relento, ou indo ou vindo de alguma festa, com o brilho delirante das estrelas ou a luz escura do luar.
E falando em chuva, que delícia é sentir os pingos da chuva quando ele cai sobre a face... nasce uma vontade incontrolável de rir, um sentimento totalmente infantil e tão gostoso quanto a infância.
É entre um final e outro que construimos e reconstruimos a vida, organizamos a casa para outro fim.
Os finais são constantes e inevitáveis.
Sempre alegres e muito tristes.
Eu quero mesmo, é suar na chuva!
Nenhum comentário:
Postar um comentário