Será sempre assim a cada partida?
O coração doendo em saudade
E a tua imagem sempre refletida
Em minha mente por vaidade?
Vejo teus cabelos curtos e negros
Sobre a tua face morena
E o brilho também negro dos olhos
Amendoados que se apequena
Lindos olhos e doces olhares
Que enxergo na minha lembrança
De canto, por baixo, discreto,
Que quando sedento me avança
E a boca que na saudade me toca
Desenhada a mão com traços generosos
Tão bela, tão simples, tão forte
Que me beija com beijos dengosos
A barba mal feita que me arranha
A pele e arrepia, faz manha
A respiração molhada me assanha
Em minha orelha tua boca me ganha
Sim, será assim a cada partida tua
A ausência refaz tua imagem
Nas casas, nas árvores, na lua
Me leva em uma viagem
Sentindo na minha, tua pele nua.
Por Josiane Canterle
27/07/2010
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