Quem me dera ter o poder mágico de descobrir o fantástico onde aparentemente não há.
De poder voar para onde o coração enxergar a flor mais linda, e o melhor perfume, e a mais bela paisagem, e a mais suave brisa que lhe for aprazível.
Neste instante estaria distante, das pessoas e das coisas que me rodeiam. Estaria só, comigo mesma para refletir que sentimento resta de tudo o que eu sou.
Não me identifico com meu habitat. Meu ambiente está poluído, mal cuidado. Será que não fui cuidadosa o suficiente para preservar o meu lugar?
O lixo se acumulou e ficou fétido ao meu redor e eu só fui perceber quando os corvos se achegaram e me rodearam em ciranda.
Sim, eu sou a unica responsável por tudo isso! Só eu posso cuidar do meu ambiente! Se o lixo se acumulou foi irresponsabilidade minha!
Preciso encontrar a forma certa de espantar os corvos e remover estes restos putrefatos que se acumulam ao meu redor!
Preciso vencer o medo de ver o horizonte livre e colorido exalando a mais pura relva livre!
Sim! Liberdade! Te quero sentir de novo, como pássaro livre, como vento, como vida!
Neste blog estão poemas, canções, cronicas ou até notícias produzidos por mim e outros copiados e, portanto, referciados. Este blog quer ser isso mesmo, um blog, um diário (nem tão diário) eletronico, assim o que está aqui é um pouco de mim e do que sinto.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
Sexto sentido saudade
Será sempre assim a cada partida?
O coração doendo em saudade
E a tua imagem sempre refletida
Em minha mente por vaidade?
Vejo teus cabelos curtos e negros
Sobre a tua face morena
E o brilho também negro dos olhos
Amendoados que se apequena
Lindos olhos e doces olhares
Que enxergo na minha lembrança
De canto, por baixo, discreto,
Que quando sedento me avança
E a boca que na saudade me toca
Desenhada a mão com traços generosos
Tão bela, tão simples, tão forte
Que me beija com beijos dengosos
A barba mal feita que me arranha
A pele e arrepia, faz manha
A respiração molhada me assanha
Em minha orelha tua boca me ganha
Sim, será assim a cada partida tua
A ausência refaz tua imagem
Nas casas, nas árvores, na lua
Me leva em uma viagem
Sentindo na minha, tua pele nua.
Por Josiane Canterle
27/07/2010
sábado, 24 de julho de 2010
Dicas! Dicas! Dicas!
Galera, encontrei este blog que, além de belos textos, diponibiliza documentários on-line.
Conheçam e aproveitem!!!
beijocas!
passeando pelo cotidiano
Conheçam e aproveitem!!!
beijocas!
passeando pelo cotidiano
E a Cor?
Passei pelo quarto que estava com a porta totalmente aberta. Eu olhei curiosa lá para dentro.
Ela estava aparentemente nua, apenas com um lençol amarrado em volta dos míseros seios no feitio de uma canga de praia. Os cabelos ralos e ruivos presos com um lápis no alto da cabeça. Quando nosso olhar se trocou ela sorriu e eu devolvi.
Achei-a tão bonita que lhe disse num rompante:
- Puxa! Você é um charme!
Ela, muito espantada, me perguntou se eu não tinha reparado que seu esqueleto estava desprovido de carne, que tinha apenas trinta e dois quilos de revestimento em 1.70cm de altura.
- Sim, reparei e até pensei que você fosse uma dessas manecas anoréxicas.
- Quem dera! Começou no útero agora está em trocentos lugares.
- E essas flores lindas que enfeitam seu quarto?
- Trazidas pelo homem que me amou.
- Separaram-se quando você adoeceu?
- Um pouco antes. É deprimente perceber que quem tanto nos envolveu, já não gasta seus olhares e sorrisos conosco. Não se desvia de suas prioridades, e nós, ah! Que dó de mim, não fazemos mais parte delas. Apenas nos diz que as coisas estão complicadas e está sempre ocupado, atrapalhado, mas não se vai de vez pelo que representamos um para o outro um dia. Flores costumam aplacar crises de consciência.
- Muita mágoa?
- Misto de sentimentos estranhos. Ainda existe carinho, embora bem retraído, não existe desprezo, nem hostilidade. É um surto de ausências: de palavras, gestos, sorrisos, lágrimas comungadas, promessas silenciosas. Chama apagada de quem jurou o eterno e um monte de frases feitas: Conte comigo a qualquer hora, liga pra mim quando precisar. Tanta formalidade para quem já trocou tanto beijo.
- Que droga você ser inteligente o bastante para perceber que não existe infinito.
- Quer coisa mais transitória do que a vida? A minha então...
- Tento lhe dar esperanças?
- Não. Tenta apenas me distrair. É sua mãe que você acompanha?
- Irmã.
- Onde?
- Pulmão
- Quer falar sobre isso?
- Não.
- Você está sempre com livros. Lê muito?
- Sim e também escrevo.
- Escreveu algum livro?
- Amanhã lhe trago o último.
- Sou Lia. Quero dedicatória.
Teve o amanhã e outros poucos depois dele. Comentou até a minha crônica "Qual é a cor da saudade". Permaneço sem saber a cor dela.
Ps: A dedicatória:
A vida acaba nos trazendo conhecidos, amigos, amores, pessoas que estiveram muito ou pouco conosco, mas que farão parte de nossa história. Algumas chegam no prefácio, outras no epílogo. Às vezes aquelas que imaginávamos cadeira cativa viram ausências, mas não menos história, e outras que trocamos apenas dois ou três dedos de prosa, dependendo do momento, são as que fazem o corpo do livro.
Você já é mais que um parágrafo em minha vida.
Por Rosa Pena - Texto extraído do livro "Tarja Branca" (All Print Editora - 2010).
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=6539671914291162906
Recomendo:
Ela estava aparentemente nua, apenas com um lençol amarrado em volta dos míseros seios no feitio de uma canga de praia. Os cabelos ralos e ruivos presos com um lápis no alto da cabeça. Quando nosso olhar se trocou ela sorriu e eu devolvi.
Achei-a tão bonita que lhe disse num rompante:
- Puxa! Você é um charme!
Ela, muito espantada, me perguntou se eu não tinha reparado que seu esqueleto estava desprovido de carne, que tinha apenas trinta e dois quilos de revestimento em 1.70cm de altura.
- Sim, reparei e até pensei que você fosse uma dessas manecas anoréxicas.
- Quem dera! Começou no útero agora está em trocentos lugares.
- E essas flores lindas que enfeitam seu quarto?
- Trazidas pelo homem que me amou.
- Separaram-se quando você adoeceu?
- Um pouco antes. É deprimente perceber que quem tanto nos envolveu, já não gasta seus olhares e sorrisos conosco. Não se desvia de suas prioridades, e nós, ah! Que dó de mim, não fazemos mais parte delas. Apenas nos diz que as coisas estão complicadas e está sempre ocupado, atrapalhado, mas não se vai de vez pelo que representamos um para o outro um dia. Flores costumam aplacar crises de consciência.
- Muita mágoa?
- Misto de sentimentos estranhos. Ainda existe carinho, embora bem retraído, não existe desprezo, nem hostilidade. É um surto de ausências: de palavras, gestos, sorrisos, lágrimas comungadas, promessas silenciosas. Chama apagada de quem jurou o eterno e um monte de frases feitas: Conte comigo a qualquer hora, liga pra mim quando precisar. Tanta formalidade para quem já trocou tanto beijo.
- Que droga você ser inteligente o bastante para perceber que não existe infinito.
- Quer coisa mais transitória do que a vida? A minha então...
- Tento lhe dar esperanças?
- Não. Tenta apenas me distrair. É sua mãe que você acompanha?
- Irmã.
- Onde?
- Pulmão
- Quer falar sobre isso?
- Não.
- Você está sempre com livros. Lê muito?
- Sim e também escrevo.
- Escreveu algum livro?
- Amanhã lhe trago o último.
- Sou Lia. Quero dedicatória.
Teve o amanhã e outros poucos depois dele. Comentou até a minha crônica "Qual é a cor da saudade". Permaneço sem saber a cor dela.
Ps: A dedicatória:
A vida acaba nos trazendo conhecidos, amigos, amores, pessoas que estiveram muito ou pouco conosco, mas que farão parte de nossa história. Algumas chegam no prefácio, outras no epílogo. Às vezes aquelas que imaginávamos cadeira cativa viram ausências, mas não menos história, e outras que trocamos apenas dois ou três dedos de prosa, dependendo do momento, são as que fazem o corpo do livro.
Você já é mais que um parágrafo em minha vida.
Por Rosa Pena - Texto extraído do livro "Tarja Branca" (All Print Editora - 2010).
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=6539671914291162906
Recomendo:
terça-feira, 20 de julho de 2010
Meus Amores Amig@s
Hoje é dia do amigo, e da amiga também. Por que existir uma data para homenagear essas pessoas que são tão importantes todos os dias de nossas vidas? Me perguntei ainda há pouco enquanto pensava se mandaria mensagens de felicitações pelo orkut.
Sim, @s amig@s são imprescindíveis sempre! E, penso eu, por serem tão especiais e tão cotidianos merecem uma data especialmente para el@s, para que a gente tenha a chance de fazermos o que não fizemos nos outros 363 (ou 364) dias do ano: dizer o quanto os amamos!
Hoje a tarde, enquanto colhia as lavouras de chá branco na minha “Mini Fazenda”, escutava a novela das seis e me chamou atenção em algo que foi dito. Era uma cena onde um dos personagens se declarava falando do seu amor à personagem amada, e este amor surgira da admiração que ele sentia por ela. Isso me fez refletir sobre as pessoas que eu amo e só então percebi o quanto os admiro, e a cada um de uma maneira diferente.
Há aqueles que conquistaram minha admiração pela capacidade de se relacionar com as pessoas, outr@s pela sinceridade, ou ainda, pela capacidade de doação, pela solidariedade, pela dedicação com que perseguem seus objetivos, mas acima de tudo, os admiro pela fidelidade com seus princípios, valores e pela capacidade de assumir uma personalidade impar.
Sim, eu amo meus amig@s por serem quem são, pelos defeitos e qualidades que os dignificam como seres humanos. Amo-os como pessoas lindas presentes ou ausentes.
Para aqueles a quem sempre digo, para aqueles a quem falo somente as vezes e, também para aqueles a quem nunca pronunciei, EU TE AMO! E quero repetir isso todos os dias da minha vida, ao menos em minhas orações.
Ainda, quero dizer da admiração que me causa alguém especial: meu namorado!!! Meu amigo que tem sido de uma presença constante, em quem eu confio as minhas lágrimas e o meu riso, um companheiro sem igual que mesmo que não estejamos mais um dia juntos, vou continuar a admirá-lo e repetindo: TE AMO!
Josiane Canterle - 20 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Lua e Mar
Carinho e atenção para ser feliz
É disso que sobrevive a felicidade
Vê o mar como fica raivoso
Quando da lua sente saudade
Lua e mar, o encontro na areia
O carinho da água nas escamas da seria
Ou seria o mar refrescando o que incendeia
Do fogo que a lua provoca na areia?
Inseparavelmente separáveis
Assim são lua e mar
Quanto mais clara a lua fica
Mais o mar a tenta beijar
Mas a lua só ilumina
É impossível tocar
Mas o mais impossível é
Separar lua e mar.
Por Josiane Canterle, escrito em 04 de março de 2010
Musica Mar e Lua - Chico Buarque de Holanda
É disso que sobrevive a felicidade
Vê o mar como fica raivoso
Quando da lua sente saudade
Lua e mar, o encontro na areia
O carinho da água nas escamas da seria
Ou seria o mar refrescando o que incendeia
Do fogo que a lua provoca na areia?
Inseparavelmente separáveis
Assim são lua e mar
Quanto mais clara a lua fica
Mais o mar a tenta beijar
Mas a lua só ilumina
É impossível tocar
Mas o mais impossível é
Separar lua e mar.
Por Josiane Canterle, escrito em 04 de março de 2010
Musica Mar e Lua - Chico Buarque de Holanda
domingo, 11 de julho de 2010
O fim e o Tempo
Foi o final de um tempo bom
Tempo que como todo tempo
Passou e permaneceu no tom
Exato, certo, violento.
Afinal foi o tempo que parou
Ou foi eu quem passou?
Tão rápido, tão frágil, tão só
Com o vento voou.
E o vento do tempo rodou
Rodou a roda da vida
Girou uma volta e voltou
Ao ponto de partida.
Quem o vento trouxe partiu
No seu lugar nem o vento ficou
A última lágrima caiu
Onde nunca ninguém notou.
por Josiane Canterle
Novas Estações
Estação saudade
na solidão na penumbra do amanhecer.
Via você na noite, nas estrelas, nos planetas,
nos mares, no brilho do sol e no anoitecer.
Via você no ontem , no hoje, no amanhã...
Mas não via você no momento.
Que saudade...
(Mário Quintana)
na solidão na penumbra do amanhecer.
Via você na noite, nas estrelas, nos planetas,
nos mares, no brilho do sol e no anoitecer.
Via você no ontem , no hoje, no amanhã...
Mas não via você no momento.
Que saudade...
(Mário Quintana)
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