Não sei porque eu insisto em olhar fotos, tantas fotos felizes que me deixam tão triste. Já hoje a tarde falava com uma amiga querida, uma pessoa maravilhosa que vim a conhecer recentemente, que sou daquelas pessoas que vivem mais de passado do que de futuro, que trago no peito as memórias todas, boas e ruins, das minhas vivências.
Ao rever as fotografias, que são imagens fixas do passado, vejo tantos sorrisos e momentos felizes em rostos de pessoas que amei que ainda amo muito. A tristeza vêm quando não posso estar mais tão próxima de quem eu amo, daquelas pessoas com quem verdadeiramente partilhei uma amizade sem enganos e nem decepções. Mas hoje, o sentimento que grita mais forte é o de mágoa quando vejo sorrisos de pessoas falsas, parecendo ser “a (o) melhor amiga (o) do mundo” e de todos.
Me pergunto, podem existir pessoas com tamanha capacidade de enganar pessoas e ainda se fazerem de “santinhas” e “inocentes” como quem nunca fez nada e não sabe de nada? Pode ser uma bela escola de teatro que tais pessoas participam porque para mim é impossível imaginar.
Ainda na conversa com esta minha nova senhora amiga, revelei a ela que sou também dessas pessoas que não esquecem facilmente as traições e que leva muito tempo para conseguir perdoá-las. As feridas ficam abertas e ao menor grão de poeira elas sangram freneticamente.
Pois é, eu sou assim, e por não esquecer esses sentimentos ruins e, o pior, ainda cultivá-los, fico mal, choro sozinha, escrevo meus desabafos, e, quando a raiva toma conta, penso que não há nada que o tempo e a distância não possam curar. Novos amigos e amigas virão em cada nova investida da minha vida e novamente as alegrias e decepções estarão juntas.
Amarei para sempre aqueles que são verdadeiros, jamais esquecerei as falsidade.